Rotariano: Admita Um, Retenha Um

Rotariano: Admita Um, Retenha Um

domingo, 16 de maio de 2010

AASDAP aposta na educação científica para formar cidadãos qualificados e conscientes

No Rio Grande do Norte, o Centro de Educação Científica de Natal atende jovens da rede pública de ensino.



Uma das ações sociais da AASDAP aposta na educação científica para formar cidadãos qualificados e conscientes. Vamos conhecer o Centro de Educação Científica de Natal, que atende jovens da rede pública de ensino.

O bairro Cidade da Esperança fica na periferia de Natal. Aqui, 600 estudantes da rede pública de ensino também aprendem com a ciência.

No contraturno escolar, alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental frequentam o Centro de Educação Científica de Natal.

Nas oficinas e nos laboratórios, fazem experiências e ganham conhecimento.

“Eu aprendo muitas coisas, química, já aprendi a mexer com, sobre células, sobre partículas, essas coisas. Estou aprendendo o sistema digestivo, respiratório e história eu aprendo um pouco sobre a cultura do Rio Grande do Norte”, conta Raul Matheus da Silva, de 13 anos.

“O fato de os meninos trabalharem com método científico, faz com que eles se preparem para ter uma atuação diferenciada mesmo na escola. Quando um menino aprende a levantar problema, aprende a ir em busca de identificar esse problema, de resolver, dar soluções para ela, na verdade ele está tendo elementos para poder analisar essa realidade e poder transformá-la depois”, afirma Dora Montenegro, diretora do projeto.

“Os alunos estão construindo uma cidade de madeira, onde para fazer a construção desta cidade eles aprendem a trabalhar com a régua, aprendem um pouco de medidas, após a construção desta cidade, que vai ser feita em madeira, eles vão colocar em prática os conhecimentos da física, aí vem o que é um circuito paralelo, o que é um circuito em série, voltagem, corrente elétrica, toda essa parte da física. E após fazerem a instalação elétrica da cidade, eles vão aprender como é que se gera eletricidade. Como é que ela é produzida. E aí vamos entrar no eletromagnetismo”, explica
Walter Ramos e Silva Júnior, professor de ciência e tecnologia.

“Eu gosto dos professores, gosto muito da oficina de biologia, que eu estou aprendendo sobre o sistema digestivo”, diz Raquel Nogueira da Silva, de 12 anos.

Durante o intervalo, os alunos se divertem com jogos e muita música.

Na volta, os fundamentos da robótica. Na oficina de hoje, os alunos aprendem a usar o motímetro - aparelho que mede a corrente elétrica.

“O que é interessante de trabalhar a robótica é que a gente parte, a robótica, do dia a dia deles. A gente tem sempre uma visão da robótica como uma coisa de Hollywood, onde os robôs são humanos e tem aquelas funções todas e na prática não, a robótica está nos aparelhos domésticos, e eles acham fantástico isso porque eles conseguem fazer relações, do funcionamento, assim, o que é que tem a ver a porta do shopping, o que é que tem a ver o poste da minha rua que acende sozinho, com robótica”, conta Luziânia Medeiros.

Não é a mesma coisa você vê só no livro ou alguém falar para você. Quando você vai lá, experimenta, coloca a mão na massa, você tira suas próprias conclusões, aquilo passa a fazer mais sentido para você, então, é o que a gente chama de aprendizagem significativa. Ele experimentou, ele viu como é que é, ele não vai esquecer aquela memória, vai ser mais significativa essa experiência. E, portanto o aprendizado ele é mais significativo também.
O fantástico mundo dos átomos está ao alcance de todos no laboratório de química”, explica Luziânia Medeiros, coordenadora pedagógica.

“Todo mundo molhou na solução ácida? Agora vocês vão pegar essa pontinha que está dobrada e vão colocar dentro da solução do sulfato de cobre. Quando vocês perceberem que carregou vários grãozinhos de sulfato de cobre, vocês vão colocar ele na chama da vela e vão aguardar e observar o que acontece”, explica Damiana de Souza, professora de química.

“Eles realizavam o experimento, que a chama mudava de cor, porque era o eletronzinho recebendo energia, saltando de camada, retornando para o nível que ele estava antes e liberando essa energia em forma de cor”, define a professora.

“O que pode ocasionar aquilo dali... Você não está vendo, mas aquele fenômeno está acontecendo, incorporando, todo esse processo evolutivo, da história, desses modelos que estão aí, que pessoas como eles também se questionaram e eles fazem o experimento e comprovam, não, é verdade, o átomo existe e a gente está aprendendo sobre ele”, completa Damiana.

Além do núcleo de Natal, existem mais outros dois no Brasil. Em Macaíba, a 20 quilômetros da capital do Rio Grande do Norte, e em Serrinha, no estado da Bahia. Ao todo, 1.400 jovens aprendem, na prática, os segredos do mundo da ciência, da física e da matemática.

Nenhum comentário:

Postar um comentário