28/05/2010 - Valorização do professor é fundamental para que o País consiga avanços na ciência.
Da Redação do Todos Pela Educação
A valorização do professor é um passo fundamental para que o Brasil consiga desenvolver sua ciência e tecnologia, afirma Mozart Neves Ramos, presidente-executivo do Todos Pela Educação.
Mozart participou, nesta quinta-feira (27), da 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (4ª CNCTI), em Brasília, abordando o tema da Educação. Segundo ele, a qualidade da Educação Básica é o primeiro degrau numa política de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Ele afirma que o ponto mais grave, que impede maior ingresso nas universidades, está na formação dos alunos do ensino médio. "Dos poucos que chegam na 3ª série do ensino médio (42% dos que começaram o ensino fundamental), apenas 9,8% aprenderam o que seria esperado para esta etapa final da educação básica", aponta em artigo.
Países como a Finlândia ou a Coreia, que possuem bons níveis de aprendizado de seu corpo discente medidos pelo Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), podem servir de exemplo para o Brasil. Lá, o desempenho está fortemente associado à qualidade da formação docente.
"Além disso, nesses países, os 20% mais talentosos e de melhor desempenho do ensino médio são atraídos para a carreira do magistério, enquanto no Brasil ocorre exatamente o inverso", diz Mozart. De acordo com o presidente-executivo do Todos Pela Educação, as licenciaturas são cursos pouco concorridos nas universidades federais do País.
Melhores salários
Da Redação do Todos Pela Educação
A valorização do professor é um passo fundamental para que o Brasil consiga desenvolver sua ciência e tecnologia, afirma Mozart Neves Ramos, presidente-executivo do Todos Pela Educação.
Mozart participou, nesta quinta-feira (27), da 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (4ª CNCTI), em Brasília, abordando o tema da Educação. Segundo ele, a qualidade da Educação Básica é o primeiro degrau numa política de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Ele afirma que o ponto mais grave, que impede maior ingresso nas universidades, está na formação dos alunos do ensino médio. "Dos poucos que chegam na 3ª série do ensino médio (42% dos que começaram o ensino fundamental), apenas 9,8% aprenderam o que seria esperado para esta etapa final da educação básica", aponta em artigo.
Países como a Finlândia ou a Coreia, que possuem bons níveis de aprendizado de seu corpo discente medidos pelo Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), podem servir de exemplo para o Brasil. Lá, o desempenho está fortemente associado à qualidade da formação docente.
"Além disso, nesses países, os 20% mais talentosos e de melhor desempenho do ensino médio são atraídos para a carreira do magistério, enquanto no Brasil ocorre exatamente o inverso", diz Mozart. De acordo com o presidente-executivo do Todos Pela Educação, as licenciaturas são cursos pouco concorridos nas universidades federais do País.
Melhores salários
Segundo artigo de Mozart, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2006 mostram a discrepância entre o salário pago a um professor que leciona na Educação Básica e outros profissionais do mercado de trabalho.
Um professor, em regime de 40 horas semanais, ganha R$ 927 reais em média; já um advogado ganha R$ 2.858 reais. "É difícil imaginar um aluno, especialmente da área de exatas, após um árduo trajeto bem sucedido de cinco anos numa licenciatura de química, física ou matemática, queira ir para o mercado de trabalho para ganhar esse salário. É muito melhor seguir numa pós-graduação – mestrado, cuja bolsa é de R$ 1.300,00", aponta.
Com isso, uma consequência é o percentual relativamente baixo de professores ministrando aulas de disciplinas sobre as quais não tiveram formação. "Dos professores que lecionam física, apenas 25% foram de fato formados em Física; em Química, a situação não é muito diferente, apenas 38%. Isso é trágico para um país que deseja ser protagonista no cenário mundial."
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